continuando Irene.

Irene que não pensava até onde a tal história do disco voador te levaria, parou e disse que só se relacionaria com humanos em caso de extrema (EXTREMA!) urgência/necessidade.
Ela tava encantada com as luzes e a melodia tocada, era como se aquele som que o disco voador reproduzia, fizesse Irene ir além de tudo que era real.

E descrevendo um pouco do som, era como os quase últimos segundo de “Jesus” do Velvet Underground, barulhinhos de cordas bem dedilhadas, sabe?

Irene então resolveu criar uma bolha ao seu redor, vivia no seu mundo, em meio às suas coisas, apenas desenhando retratos imaginados do seu grande amor EXTRATERRESTRE. Será que aquelas luzes, aquela melodia…retornariam para buscá-la? Irene não sabia, mas esperava, esperava…e esperava, horas, dias, meses, anos e mais anos.
O tempo passou, Irene agora era loucura, tinha a casa repleta de retratos, de fotos de disco voadores, até aprendeu a tocar um pouco daquele dedilhado bonito, mas nada acontecia!

Uma dúvida rondava a minha cabeça…teria realmente acontecido alguma coisa, ou era tudo fruto da imaginação de Irene?
Pobre Irene, se perdeu no desejo de ser amante de alguem que não existia e acabou desaprendendo o que era o calor humano.